Todos recordamos a experiência das aulas de Ciências com três alguidares e água a diferentes temperaturas nos extremos e o centro como “validador” do pretendido. Ou seja, a reação a temperaturas do exterior varia perante alguns fatores.
Tal como a reação à temperatura, a reação a comportamentos de quem nos rodeia também varia: o grau de tolerância pode ter um espectro bem maior que a graduação de um termómetro!
Ser tolerante, ou não, põe em causa determinados princípios que temos como referência ética, moral ou socialmente aceitáveis ou reprováveis.
Ponte de Sor saltou para as parangonas de tudo o que é meio de comunicação social pelas piores razões: agressões entre jovens, verbais e físicas, com desfecho fértil em tópicos para discussão.
Atacar em grupo um elemento só, sem defesa possível, é cobardia! Manter-se sob “capa” de imunidade o que será?
MAS: o que gerou, tudo isto? Comportamentos não legais que fingimos não ver, a cada dia que passa.
Jovens menores sem regras de convivência, descanso e vivências, com consumo de álcool, mais o que conseguem…
Tais comportamentos podem ser considerados “normais”, fazendo parte de alguma etapa do crescimento. Discutem-se, horas a fio, as consequências mas poucos colocam o dedo na ferida: que causas! Quem falha: a vigilância e/ou a segurança pública? Que papeis para cada ator social: família, Segurança Social, Escola, Justiça…
Será desta que haverá alguma mudança de prioridades de valores?
