AS RUIVAS

Quando a temperatura começa a amornar, a luz solar a incomodar menos, à tarde, os dias de praia encurtam e a nostalgia do fim do verão instala-se.

Nos campos, as colheitas sucedem-se. Preparam-se algumas conservas para que as lembranças dos dias mais quentes sejam mantidas quando as nuvens taparem o sol e façam com que gorros, luvas e mais agasalhos saiam à rua.

Na cidade, a azáfama das lojas precede o início das aulas. Mochilas a abarrotar de livros e cadernos, bolsas com todo o tipo de material de escrita e pintura, aguardam o dia de reencontro ou começo de mais um ano letivo. Cada um retoma a sua atividade, em casa ou no emprego.

Nos jardins, e ao longo dos passeios, as árvores denunciam as mudanças climáticas e a sua renovação. Nalgumas, varia a cor das copas que, progressivamente, diminuem de volume. Noutras, apesar de a cor verde persistir, o passar do tempo as altera.

À medida que as folhas vão secando, e, ao mais leve sopro, é vê-las descer em voltas e desvios até pousarem no chão. Pisá-las, e ouvi-las quebrar sob os nossos passos, é um prazer cíclico que vai assegurando memórias de infância. Numa ala de plátanos, sucedem-se, alternadamente, passos abafados e estalidos. Mas, é em determinados recantos, à beira rio ou num dos parques, que a exuberância de algumas copas avermelhadas faz com que não deixemos passar mais um outono despercebido.

De regresso a casa, água fervida, bule escaldado, folhas de chá em infusão…chávena bem quente, gole após gole, aconchego do coração!

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Coleção de 4 latas para chá: vermelho liso, vermelho com pintas brancas, branco com xadrez vermelho e branco com riscas verdes. Ø6,5cm; altura 6,5cm e tampa de 2cm.